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Tudo que você precisa saber sobre a mela do algodoeiro

Atualizado: 26 de jul. de 2023


A mela foliar do algodoeiro, causada por Rhizoctonia solani Kuhn grupo de anastomose AG4 (teleomorfo: Thanatephorus cucumeris (A.B. Frank) Donk), doença fúngica, está presente em todo Brasil com ocorrência significativa principalmente na fase inicial de desenvolvimento da cultura.

As doenças ocasionadas por este patógeno causam redução da população de plantas e, às vezes, se faz necessária a ressemeadura, consequentemente ocasionam perdas econômicas, uma vez que a mela foliar e o tombamento representam 6,44% do custo de produção.


O tempo úmido (Acima de 80% de umidade relativa) e quente com temperaturas variando entre 25ºC e 30ºC são ideias para o desenvolvimento da mela foliar, a qual tem a disseminação ocasionada por restos culturais, por solo contaminado e pelo contato folha a folha ou planta a planta em razão das chuvas.


Segundo especialistas o período e as condições cruciais para o aparecimento desta doença são as chuvas persistentes no início de desenvolvimento do algodoeiro com posterior encharcamento da área de plantio associadas à temperaturas amenas. Outro fator que tem sido associado é o preparo intensivo do solo e a monocultura do algodão em algumas áreas, o que contribuem para a persistência do inóculo no local.


Os sintomas característicos da mela são lesões de aspecto oleoso que adquirem a característica de escaladura ou podridão mole. Em condições de baixa umidade as lesões ficam restritas a manchas necróticas.


Há de se ressaltar que a R. solani AG4, já é patógeno na cultura do algodoeiro, causando a doença conhecida como “tombamento”, caracterizada pela formação de lesões no colo e nas raízes das plântulas de algodão, sintomas bem distintos das lesões cotiledonares observadas na mela.

Folhagem

Foto: Paulo Saran

O manejo desta doença começa no tratamento de sementes com fungicidas para proteção inicial da semente contra fungos de solo, o que segundo pesquisas proporcionou maior porcentagem de germinação da semente no campo e, consequentemente, um estande mais uniforme.


Pesquisadores da Embrapa Algodão constataram, que as melhores emergências de plântulas e menor percentagem de tombamento e de mela se deram com a utilização de misturas de fungicidas, fludioxonil + mefenoxan + azoxystrobin + PCNB, em comparação ao uso isolado de um determinado produto.


A rotação de culturas também se mostra eficaz para inibição da atividade patógênica na área de plantio (supressividade), dando sempre preferência a gramíneas que proporcionem redução da população da R. Solani no solos, como, por exemplo, pastagens.


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