A tecnologia empregada no campo tem sido decisiva para elevar a produtividade. O recorde de 242,1 milhões de toneladas de grãos produzidos em 2017 é uma das provas de que, à medida que o setor agropecuário se moderniza, a tradicional combinação clima, terra e recursos humanos já não é suficiente para garantir bons resultados.
O fenômeno de digitalização das fazendas leva aos produtores tecnologias como internet das coisas e big data, o que viabiliza uma tomada de decisão mais eficiente, rápida e precisa. A tecnologia ainda estimula práticas de cultivo com menos impacto ambiental ao reduzir o uso de água, adubo e agrotóxicos.
“O uso de tecnologias eleva a produção porque, com a variabilidade das lavouras, o agricultor consegue saber de forma localizada quanto e onde usar cada insumo”, diz José Paulo Molin, presidente da Associação Brasileira dos Prestadores de Serviço de Agricultura de Precisão.
Na região de Varginha (MG), a cooperativa de cafeicultores Minasul está testando sistemas digitais como rastreabilidade de máquinas, estações meteorológicas e drones para elevar a produtividade. Segundo Luís Henrique Albinatti, diretor de novos negócios e tecnologia da cooperativa, a expectativa é um ganho de produtividade de 20% já na próxima safra.
ENTRAVES
Falhas e falta de rede de internet ainda são comuns no interior do Brasil, limitando o uso de ferramentas que dependem de conexão. Essa dificuldade está sendo driblada com soluções que vão de chips multioperadoras que buscam o melhor sinal à criação de redes privadas.
Em Pradópolis (SP), uma usina de cana está implantando a rede 4G com investimento de R$ 40 milhões. Até o fim do ano, 108 máquinas agrícolas estarão conectadas.
“Se um trator apresentar algum problema, poderemos dar suporte remoto, por meio de videochamada, que é uma solução mais rápida e menos custosa”, diz Fabrício Figueiredo, gerente de tecnologias de comunicação sem fio do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), em Campinas (SP).
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**Fonte: Folha SP**
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